"O conhecimento adquirido pela experiência profissional tem-nos permitido percecionar que em Portugal as empresas familiares são a espinha dorsal da economia, e, não são raras as vezes que se entrelaçam em intrincadas relações familiares, societárias e financeiras. Da perspetiva do observador é fascinante atentar o grau de especificidade de necessidades e interesses que os membros de empresas familiares, bem como às permanentes tentativas de conciliação de interesses antagónicos, tentando preservar as relações familiares. Por conseguinte, um dos maiores desafios é a procura permanente do equilíbrio entre a instituição jurídica família1 e a prossecução do interesse social lucrativo, dinâmico e competitivo, conciliando os interesses de todos os stakeholders. É, portanto, a dialética entre estes dois grandes interesses – família e escopo social lucrativo - que se encontra na génese deste nosso trabalho. "